domingo, 20 de outubro de 2013
OLA GENTE HOJE COLOCAREI TUDO SOBRE O PEIXE PAPAGAIO.
História [ editar ]
O Peixe Papagaio, ou Ciclídeo Paragaio, é um híbrido que resulta do cruzamento do Ciclídeo Midas, Amphilophus citrinellus, e do Cichlasoma synspilum. Por ser um híbrido não tem nome científico, nem irá receber um.
Temperamento [ editar ]
O Peixe Papagaio tem fama de ser pacífico, mas pode ser temperamental. Por vezes mostra-se agressivo com outros peixes, mas dependendo do tamanho, pode viver num aquário comunitário. O ideal contudo, é viverem aos pares.
Descrição [ editar ]
O Ciclídio Papagaio é um peixe de água doce. Pode crescer bastante, até 30 cm, mas geralmente ficam-se pelos 20 cm.
Reprodução [ editar ]
Por serem híbridos, 90% da população é estéril. As hipóteses de reprodução de um casal são bastante diminutas, mesmo quando são postos ovos, geralmente não são fertilizados e acabam por não se desenvolverem. Isto não quer dizer que não seja possível. Há relatos de peixes que se reproduziram em cativeiro. Contudo, os amantes da aquariofilia defendem que não se deve fazê-lo por questões éticas, visto os peixes não existirem na natureza.
Controvérsia [ editar ]
O Ciclídio Papagaio não é um peixe bem recebido pela comunidade de amantes da aquariofilia. Este peixe é produzido pelo Homem, não existe na natureza e tem bastantes deformações que lhe dificultam a vida. Para além disso, os peixes são naturalmente vermelhos ou amarelos, mas muitas vezes são injectadas cores nas escamas para lhes dar outras tonalidades. Um processo com uma alta taxa de mortalidade.
Há mais de 2300 espécies de Ciclídios e a maioria dos aquariofilistas defendem que há variedade suficiente para agradar a todos e não recorrer à hibridização das espécies.
Há mais de 2300 espécies de Ciclídios e a maioria dos aquariofilistas defendem que há variedade suficiente para agradar a todos e não recorrer à hibridização das espécies.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
OLA GENTE COM TUDO QUE VOCÊS APRENDERAM NESTE BLOG VOCÊS JA DEVEM SER AQUARISTAS PROFISSIONAIS ENTÃO COLOCAREI TUDO SOBRE PIRANHA.
Introdução
Neste artigo falarei sobre as piranhas e como se comportam tanto na natureza quanto em aquários, darei um destaque para aquelas que são mais conhecidas no aquarismo, as do gênero Pygocentrus e Serrasalmus.
As piranha são membros da família Characidae, uma grande família de mais de 1200 espécies, incluindo alguns peixes muito comuns no aquarismo, como os Tetras. As piranhas pertencem a uma sub-família chamada Serrasalmidae, um nome baseado no fato de que todos os membros têm uma quilha afiada que torna o nado mais rápido.
A subfamília de Serrasalmidae é dividida em gêneros distintos: Pygocentrus, Serrasalmus, Pristobrycon, Pygopristis, Catoprion, Metynnis, Colossoma e mais alguns.
As mais comuns no aquarismo são as do gênero Pygocentrus e Serrasalmus.
Membros do gênero Pygocentrus são reconhecíveis pela forma convexa da sua cabeça e maxilar inferior maciço (mandibula mais poderosa e musculosa que a maioria das espécies Serrasalmus).
Membros do gênero Serrasalmus possuem a cabeça mais concava e maxilar inferiores menos poderosos, essa regra não se aplica a todos desse grupo, as piranha pretas (Serrasalmus rhombeus) são verdadeiros predadores com mandíbulas muito poderosas).

* Fig1: Cabeça Convexa
Fig2: Cabeça Côncava
http://www.piranha-info.com
Habitat
Piranhas são peixes de água doce e habitam rios e lagos na América do Sul, mas especificamente em torno da Amazônia, Venezuela, Guiana, Suriname, Argentina e Peru.
Algumas espécies são endêmicas, como é o caso da Pygocentrus piraya, que vive exclusivamente no Rio São Francisco; e no caso da Piranha Vermelha (Pygocentrus nattereri), ocupa diversos locais, como o rio Paraguay, Parana, Xingu, Madeira, Negro e outros diversos rios espalhados pela América do Sul.
A maioria das especies de Piranhas estão em uma zona de conforto térmico que varia de 25° até 30°, e o Ph mais ideal seria entre 5.5 até 7.0, tendo pequenas varições de espécie para espécie.

* Distribuição: da esquerda pra direia: Pygocentrus cariba – Serrasalmus rhombeus – Pygocentrus nattereri – Pygocentrus piraya
http://www.piranha-info.com
Comportamento na Natureza
Piranhas do gênero Pygocentrus vivem em grandes cardumes nos rios sul americanos.
Esta situação é impossível de imitar em cativeiro, mas mesmo em um aquário você terá uma boa noção de seu comportamento selvagem
As Pygocentrus cariba se reúnem em baixo de árvores, onde grupos de pássaros estão cuidando de suas proles. De alguma forma, elas sabem quando as aves jovens eclodem e esperam pacientemente sob as árvores para caso aves descuidadas caírem na água e elas possam devora-las.
Piranha do gênero Serrasalmus são peixes solitários (com exceção de algumas especies: Serrasalmus spilopleura, Serrasalmus maculatus en Serrasalmus geryi).
Em geral, elas não vão tolerar outros peixes em seu tanque, e são muito agressivas e territoriais, devido a esta característica muitos jovens indefesos acabam realizando mimetismo, ou seja, mudam principalmente sua coloração (parte vermelha na parte inferior do corpo) e passam a se parecer com piranhas Pygocentrus, passando a viver em cardume afim de se proteger de predadores e se alimentar de restos a custa de outras piranhas, assim ele pode crescer e passar a se defender sozinha, deixando o cardume e voltando a se comportar como uma Serrasalmus.
Outro fato interessante é que os grupo de piranha Pygocentrus vive em um estado de constante medo e desconfiança mútua, mesmo quando tudo parece calmo os animais são capazes de ferir gravemente ou até matar uns aos outros. Para sobreviver, devem sempre saber onde estão os outros e em que estados de ânimo estão, e principalmente como poderiam agir no momento seguinte. Deixar sua guarda baixa pode ser fatal, são predadores de seus próprios parentes, especialmente entre jovens e no período de seca quando os alimentos são mais limitados.
Na natureza as piranhas ficam maiores do que em aquários, a maioria varia entre 15 e 30 cm de comprimento, entretanto algumas especies como a Piranha Preta (Serrasalmus rhombeus) podem atingir cerca de 45cm de comprimento, portanto pense bem antes de adquirir uma piranha, pois elas crescem bastante.

Uma máquina feita para matar
Seus dentes são afiados e triangulares, projetados para perfuração, através de um efeito de esfaquear e depois rasgar a carne com apenas um movimento.
Seus dentes não foram feitos para mastigar a carne, e sim para rasga-la e engoli-la, caso aconteça a perde de um dente outro logo nascera em seu lugar.
Seu estilo de vida predatório é refletido pelos olhos e narinas grandes, maximizando assim o fluxo de água passado por elas, assim conseguem localizar suas presas muito bem através do cheiro. Em meio dos rios escuros da América do sul e ainda mais escuros pela vegetação, o cheiro acaba sendo sua principal forma de detectar suas presas.
A piranha vermelha é a que possui as mandíbulas mais fortes e dentes mais acentuados, na época da maré baixa grupos de até 100 indivíduos costumam atacar presas muito maiores, elas se espalham para procurar presas que quando localizada enviam sinais para outras piranhas (este é provavelmente feito acusticamente, devido a sua possuir uma audição excelente), todas no grupo se apressam para o ataque, mordem a presa rapidamente e em seguida nadam para longe para abrir caminho para as demais, por mais eficiente que seja este modo de caça ele é bastante raro, pesquisas mostraram que esse comportamento é um meio de defesa a predadores e portando não utilizado como único meio de caça, preferem caçar por perseguição ativa ou por emboscada.
Mandibula de uma Pygocentrus nattereri

Alimentação
Na natureza se alimentam de peixes, moluscos, crustáceos, insetos, aves, répteis (filhotes de sucuri), anfíbios, roedores e carcaças deixadas por animais maiores como as ariranha, e por mais carnívoras que sejam, vegetais estão incluídos em sua dieta.
Seus predadores naturais são bem variados, incluindo outras piranhas, peixes maiores, jacarés, cobras, tartarugas, aves, lontras, onças, botos e humanos
Uma fato interessante é que as Piranhas costumam se alimentar de filhotes de garça que caem de seus ninhos por descuido ou pelo fato de estarem aprendendo a voar, também se alimentam de jacarés pequenos que são muito frágeis para se defender. Quando chega o período de secas e as piranhas ficam presas em lagoas isoladas, onde definham e morrem por falta de oxigênio, quem se aproveita são justamente as garças adultas e jacarés, e este é o círculo da vida.
Itens Alimentares: Pygocentrus nattereri e Serrasalmus brandtii, no lago Viana

Composição percentual da dieta de P. nattereri (n =
150) e S. aff. brandtii (n = 99) no Lago de Viana entre abril de
1998 e fevereiro de 1999
http://www.scielo.br/pdf/aa/v35n1/v35n1a09.pdf
Variação temporal na frequência de ocorrência dos ítens alimentares – Variação da composição percentual dos diferentes ítens alimentares

Figura esquerda- Variação temporal na frequência de ocorrência dos ítens alimentares nos estômagos de S. aff. brandtii (n = 99) e
P. nattereri (n = 150) do Lago de Viana entre abril de 1998 e
fevereiro de 1999.
Figura Direita- Variação da composição percentual dos diferentes
ítens alimentares presentes no conteúdo estomacal de S. aff.
brandtii (n = 99) e P. nattereri (n = 150) por classe de tamanho.
[Classe 1 (CP # 50mm), classe 2 (51mm # CP # 70mm), classe
3 (71mm # CP # 90mm), classe 4 (91mm # CP # 110mm),
classe 5 (111mm # CP # 130mm) e classe 6 (CP > 130mm)]
http://www.scielo.br/pdf/aa/v35n1/v35n1a09.pdf
No aquário
Piranhas não são os peixes mais adequados para manter em um aquário, muito menos junto com outros peixes que cedo ou tarde serão atacados
Elas podem ficar bastante parte do tempo acuadas e são pouco sociáveis, algumas toleram outros companheiros da mesma especie, como no caso da piranha vermelha, mas outras como a Piranha Preta não toleram mais ninguém no aquário, sendo extremamente agressivas e territoriais
Necessitam de lugares onde possam se esconder, como cavernas, troncos, plantas e o que mais encontrarmos em seu ambiente natural.
Na natureza não habitam áreas muito iluminadas, portanto a regra não deve fugir em um aquário, procure deixar o aquário bastante sombrio ou até mesmo com a luz desligado boa parte do dia
Em cativeiro aceitam pedaços de peixe, carne de frango, peixes vivos, camarões, mexilhão, frutos do mar, lula, insetos, alimentos vivos, e até mesmo pequenos roedores. A aceitação por alimentos industrializados é um pouco difícil, mas se possível, de diariamente
Reprodução
Não há muito que se sabe sobre a reprodução das piranhas, são poucos os números de observação em ambiente selvagem, por este motivo quase tudo que sabemos sobre a reprodução é baseado em observações feitas em aquários, e só de algumas espécies que até agora conseguiram reproduzir em cativeiro: Pygocentrus nattereri, Serrasalmus maculatus , Serrasalmus spilopleura e, mais recentemente ( 2002) Pyocentrus cariba.
A descrição abaixo é baseada na criação de Pygocentrus nattereri, (Piranha Vermelha), espécie que tem sido criada mais extensivamente em cativeiro, mas isso também pode ser aplicado a outras espécies Pygocentrus, e talvez para outras espécies, embora com as Serrasalmus pode ser bem diferente, já que a maioria das espécies vivem só e são muito agressivas, mesmo com sua própria espécie. Suspeita-se que espécies Serrasalmus liberam um certo tipo de hormônio na água, sinalizando assim que o peixe está pronto para a desova e, assim, reduzir os níveis de agressão.
Quando um casal está pronto para a desova, eles formam um pequeno território onde qualquer peixe que se aproximar sera agressivamente expulso. O casal apresente uma coloração muito mais escura, e seu comportamento se torna mais agressivo e territorial.
Em seu território, os peixes começam a construir um ninho no fundo, eliminando todas as plantas, removendo pedras e qualquer elemento estranho
Quando o ninho está pronto, o macho tenta atrair a fêmea para dentro do ninho, aqui ela vai colocar os ovos, que serão rapidamente fertilizados pelo macho.
Após a desova, o macho protegera o ninho, e perseguira qualquer peixe que chegar muito perto do ninho. Às vezes, a fêmea será expulsa, mas ela também ajuda com o guarda do ninho
Em 2 ou 3 dias os ovos de cor laranja chocaram. Nos primeiros dias de vida o saco vitelino fornecera suprimentos para o alevino. Poucos dias depois, eles vão começar a nadar livremente (melhor momento para remove-lo do tanque)
Os alevinos apresentam coloração prata, seu corpo apresenta pequenas manchas pretas, a forma da cabeça é muito mais côncava do que a dos adultos e têm os olhos muito grandes.
Nesse período fica muito difícil diferenciar os jovens Pygocentrus das espécies Serrasalmus, porque muito têm a mesma aparência, fazendo a identificação uma tarefa difícil.
Determinar o sexo da Piranha é considerado impossível pela maioria dos especialistas, porque não há diferenças visíveis entre os sexos, o jeito mais fácil seria a observação no período de desova, a fêmea quando adulta tendem a ser mais gordas devido os ovos que carregam, no entanto, não é um método muito confiável, afinal machos bem alimentados chegam a ser tão gordos quando uma fêmea cheia de ovos
Os jovens devem ser alimentados pelo menos de 2 á 3 vezes por dia, para assim ficarem saudáveis e se desenvolver adequadamente. Os exemplares jovens crescem rapidamente, em seus primeiros meses a velocidade de crescimento pode chegar a um centímetro por mês
Em poucos meses, eles começam a desenvolver a coloração vermelha em suas nadadeiras e na barriga, os pontos pretos começam a desaparecer, e a cor prateada do seu organismo é gradualmente substituída por uma coloração mais cinza aço, que é tão característico para adultos
Atingem a maturidade sexual por volta dos 18 e 24 meses de idade, é interessante relatar que quanto mais velhos são, mais escuro sua coloração sera.
Alguns espécimes chegam a mudar sua coloração, sua barriga vermelha fica completamente escurecida, isso pode acontecer por causa da idade, por causa do stress, e às vezes para indicar que estão prontos para a desova.
Ciclo de Vida de uma Pygocentrus nattereri: Ovos > Alevino > Juvenil > Adulto
Introdução
Neste artigo falarei sobre as piranhas e como se comportam tanto na natureza quanto em aquários, darei um destaque para aquelas que são mais conhecidas no aquarismo, as do gênero Pygocentrus e Serrasalmus.
As piranha são membros da família Characidae, uma grande família de mais de 1200 espécies, incluindo alguns peixes muito comuns no aquarismo, como os Tetras. As piranhas pertencem a uma sub-família chamada Serrasalmidae, um nome baseado no fato de que todos os membros têm uma quilha afiada que torna o nado mais rápido.
A subfamília de Serrasalmidae é dividida em gêneros distintos: Pygocentrus, Serrasalmus, Pristobrycon, Pygopristis, Catoprion, Metynnis, Colossoma e mais alguns.
As mais comuns no aquarismo são as do gênero Pygocentrus e Serrasalmus.
Membros do gênero Pygocentrus são reconhecíveis pela forma convexa da sua cabeça e maxilar inferior maciço (mandibula mais poderosa e musculosa que a maioria das espécies Serrasalmus).
Membros do gênero Serrasalmus possuem a cabeça mais concava e maxilar inferiores menos poderosos, essa regra não se aplica a todos desse grupo, as piranha pretas (Serrasalmus rhombeus) são verdadeiros predadores com mandíbulas muito poderosas).

* Fig1: Cabeça Convexa
Fig2: Cabeça Côncava
http://www.piranha-info.com
Habitat
Piranhas são peixes de água doce e habitam rios e lagos na América do Sul, mas especificamente em torno da Amazônia, Venezuela, Guiana, Suriname, Argentina e Peru.
Algumas espécies são endêmicas, como é o caso da Pygocentrus piraya, que vive exclusivamente no Rio São Francisco; e no caso da Piranha Vermelha (Pygocentrus nattereri), ocupa diversos locais, como o rio Paraguay, Parana, Xingu, Madeira, Negro e outros diversos rios espalhados pela América do Sul.
A maioria das especies de Piranhas estão em uma zona de conforto térmico que varia de 25° até 30°, e o Ph mais ideal seria entre 5.5 até 7.0, tendo pequenas varições de espécie para espécie.

* Distribuição: da esquerda pra direia: Pygocentrus cariba – Serrasalmus rhombeus – Pygocentrus nattereri – Pygocentrus piraya
http://www.piranha-info.com
Comportamento na Natureza
Piranhas do gênero Pygocentrus vivem em grandes cardumes nos rios sul americanos.
Esta situação é impossível de imitar em cativeiro, mas mesmo em um aquário você terá uma boa noção de seu comportamento selvagem
As Pygocentrus cariba se reúnem em baixo de árvores, onde grupos de pássaros estão cuidando de suas proles. De alguma forma, elas sabem quando as aves jovens eclodem e esperam pacientemente sob as árvores para caso aves descuidadas caírem na água e elas possam devora-las.
Piranha do gênero Serrasalmus são peixes solitários (com exceção de algumas especies: Serrasalmus spilopleura, Serrasalmus maculatus en Serrasalmus geryi).
Em geral, elas não vão tolerar outros peixes em seu tanque, e são muito agressivas e territoriais, devido a esta característica muitos jovens indefesos acabam realizando mimetismo, ou seja, mudam principalmente sua coloração (parte vermelha na parte inferior do corpo) e passam a se parecer com piranhas Pygocentrus, passando a viver em cardume afim de se proteger de predadores e se alimentar de restos a custa de outras piranhas, assim ele pode crescer e passar a se defender sozinha, deixando o cardume e voltando a se comportar como uma Serrasalmus.
Outro fato interessante é que os grupo de piranha Pygocentrus vive em um estado de constante medo e desconfiança mútua, mesmo quando tudo parece calmo os animais são capazes de ferir gravemente ou até matar uns aos outros. Para sobreviver, devem sempre saber onde estão os outros e em que estados de ânimo estão, e principalmente como poderiam agir no momento seguinte. Deixar sua guarda baixa pode ser fatal, são predadores de seus próprios parentes, especialmente entre jovens e no período de seca quando os alimentos são mais limitados.
Na natureza as piranhas ficam maiores do que em aquários, a maioria varia entre 15 e 30 cm de comprimento, entretanto algumas especies como a Piranha Preta (Serrasalmus rhombeus) podem atingir cerca de 45cm de comprimento, portanto pense bem antes de adquirir uma piranha, pois elas crescem bastante.

Uma máquina feita para matar
Seus dentes são afiados e triangulares, projetados para perfuração, através de um efeito de esfaquear e depois rasgar a carne com apenas um movimento.
Seus dentes não foram feitos para mastigar a carne, e sim para rasga-la e engoli-la, caso aconteça a perde de um dente outro logo nascera em seu lugar.
Seu estilo de vida predatório é refletido pelos olhos e narinas grandes, maximizando assim o fluxo de água passado por elas, assim conseguem localizar suas presas muito bem através do cheiro. Em meio dos rios escuros da América do sul e ainda mais escuros pela vegetação, o cheiro acaba sendo sua principal forma de detectar suas presas.
A piranha vermelha é a que possui as mandíbulas mais fortes e dentes mais acentuados, na época da maré baixa grupos de até 100 indivíduos costumam atacar presas muito maiores, elas se espalham para procurar presas que quando localizada enviam sinais para outras piranhas (este é provavelmente feito acusticamente, devido a sua possuir uma audição excelente), todas no grupo se apressam para o ataque, mordem a presa rapidamente e em seguida nadam para longe para abrir caminho para as demais, por mais eficiente que seja este modo de caça ele é bastante raro, pesquisas mostraram que esse comportamento é um meio de defesa a predadores e portando não utilizado como único meio de caça, preferem caçar por perseguição ativa ou por emboscada.
Mandibula de uma Pygocentrus nattereri

Alimentação
Na natureza se alimentam de peixes, moluscos, crustáceos, insetos, aves, répteis (filhotes de sucuri), anfíbios, roedores e carcaças deixadas por animais maiores como as ariranha, e por mais carnívoras que sejam, vegetais estão incluídos em sua dieta.
Seus predadores naturais são bem variados, incluindo outras piranhas, peixes maiores, jacarés, cobras, tartarugas, aves, lontras, onças, botos e humanos
Uma fato interessante é que as Piranhas costumam se alimentar de filhotes de garça que caem de seus ninhos por descuido ou pelo fato de estarem aprendendo a voar, também se alimentam de jacarés pequenos que são muito frágeis para se defender. Quando chega o período de secas e as piranhas ficam presas em lagoas isoladas, onde definham e morrem por falta de oxigênio, quem se aproveita são justamente as garças adultas e jacarés, e este é o círculo da vida.
Itens Alimentares: Pygocentrus nattereri e Serrasalmus brandtii, no lago Viana

Composição percentual da dieta de P. nattereri (n =
150) e S. aff. brandtii (n = 99) no Lago de Viana entre abril de
1998 e fevereiro de 1999
http://www.scielo.br/pdf/aa/v35n1/v35n1a09.pdf
Variação temporal na frequência de ocorrência dos ítens alimentares – Variação da composição percentual dos diferentes ítens alimentares

Figura esquerda- Variação temporal na frequência de ocorrência dos ítens alimentares nos estômagos de S. aff. brandtii (n = 99) e
P. nattereri (n = 150) do Lago de Viana entre abril de 1998 e
fevereiro de 1999.
Figura Direita- Variação da composição percentual dos diferentes
ítens alimentares presentes no conteúdo estomacal de S. aff.
brandtii (n = 99) e P. nattereri (n = 150) por classe de tamanho.
[Classe 1 (CP # 50mm), classe 2 (51mm # CP # 70mm), classe
3 (71mm # CP # 90mm), classe 4 (91mm # CP # 110mm),
classe 5 (111mm # CP # 130mm) e classe 6 (CP > 130mm)]
http://www.scielo.br/pdf/aa/v35n1/v35n1a09.pdf
No aquário
Piranhas não são os peixes mais adequados para manter em um aquário, muito menos junto com outros peixes que cedo ou tarde serão atacados
Elas podem ficar bastante parte do tempo acuadas e são pouco sociáveis, algumas toleram outros companheiros da mesma especie, como no caso da piranha vermelha, mas outras como a Piranha Preta não toleram mais ninguém no aquário, sendo extremamente agressivas e territoriais
Necessitam de lugares onde possam se esconder, como cavernas, troncos, plantas e o que mais encontrarmos em seu ambiente natural.
Na natureza não habitam áreas muito iluminadas, portanto a regra não deve fugir em um aquário, procure deixar o aquário bastante sombrio ou até mesmo com a luz desligado boa parte do dia
Em cativeiro aceitam pedaços de peixe, carne de frango, peixes vivos, camarões, mexilhão, frutos do mar, lula, insetos, alimentos vivos, e até mesmo pequenos roedores. A aceitação por alimentos industrializados é um pouco difícil, mas se possível, de diariamente
Reprodução
Não há muito que se sabe sobre a reprodução das piranhas, são poucos os números de observação em ambiente selvagem, por este motivo quase tudo que sabemos sobre a reprodução é baseado em observações feitas em aquários, e só de algumas espécies que até agora conseguiram reproduzir em cativeiro: Pygocentrus nattereri, Serrasalmus maculatus , Serrasalmus spilopleura e, mais recentemente ( 2002) Pyocentrus cariba.
A descrição abaixo é baseada na criação de Pygocentrus nattereri, (Piranha Vermelha), espécie que tem sido criada mais extensivamente em cativeiro, mas isso também pode ser aplicado a outras espécies Pygocentrus, e talvez para outras espécies, embora com as Serrasalmus pode ser bem diferente, já que a maioria das espécies vivem só e são muito agressivas, mesmo com sua própria espécie. Suspeita-se que espécies Serrasalmus liberam um certo tipo de hormônio na água, sinalizando assim que o peixe está pronto para a desova e, assim, reduzir os níveis de agressão.
Quando um casal está pronto para a desova, eles formam um pequeno território onde qualquer peixe que se aproximar sera agressivamente expulso. O casal apresente uma coloração muito mais escura, e seu comportamento se torna mais agressivo e territorial.
Em seu território, os peixes começam a construir um ninho no fundo, eliminando todas as plantas, removendo pedras e qualquer elemento estranho
Quando o ninho está pronto, o macho tenta atrair a fêmea para dentro do ninho, aqui ela vai colocar os ovos, que serão rapidamente fertilizados pelo macho.
Após a desova, o macho protegera o ninho, e perseguira qualquer peixe que chegar muito perto do ninho. Às vezes, a fêmea será expulsa, mas ela também ajuda com o guarda do ninho
Em 2 ou 3 dias os ovos de cor laranja chocaram. Nos primeiros dias de vida o saco vitelino fornecera suprimentos para o alevino. Poucos dias depois, eles vão começar a nadar livremente (melhor momento para remove-lo do tanque)
Os alevinos apresentam coloração prata, seu corpo apresenta pequenas manchas pretas, a forma da cabeça é muito mais côncava do que a dos adultos e têm os olhos muito grandes.
Nesse período fica muito difícil diferenciar os jovens Pygocentrus das espécies Serrasalmus, porque muito têm a mesma aparência, fazendo a identificação uma tarefa difícil.
Determinar o sexo da Piranha é considerado impossível pela maioria dos especialistas, porque não há diferenças visíveis entre os sexos, o jeito mais fácil seria a observação no período de desova, a fêmea quando adulta tendem a ser mais gordas devido os ovos que carregam, no entanto, não é um método muito confiável, afinal machos bem alimentados chegam a ser tão gordos quando uma fêmea cheia de ovos
Os jovens devem ser alimentados pelo menos de 2 á 3 vezes por dia, para assim ficarem saudáveis e se desenvolver adequadamente. Os exemplares jovens crescem rapidamente, em seus primeiros meses a velocidade de crescimento pode chegar a um centímetro por mês
Em poucos meses, eles começam a desenvolver a coloração vermelha em suas nadadeiras e na barriga, os pontos pretos começam a desaparecer, e a cor prateada do seu organismo é gradualmente substituída por uma coloração mais cinza aço, que é tão característico para adultos
Atingem a maturidade sexual por volta dos 18 e 24 meses de idade, é interessante relatar que quanto mais velhos são, mais escuro sua coloração sera.
Alguns espécimes chegam a mudar sua coloração, sua barriga vermelha fica completamente escurecida, isso pode acontecer por causa da idade, por causa do stress, e às vezes para indicar que estão prontos para a desova.
Ciclo de Vida de uma Pygocentrus nattereri: Ovos > Alevino > Juvenil > Adulto

segunda-feira, 14 de outubro de 2013
OLA GENTE HOJE COLOCAREI TUDO SOBRE CICLIDEOS AFRICANOS E UM VIDEO DO MEU AQUARIO DE CICLIDEOS AFRICANOS.
1 - Introdução
Malawi Cichlid Homepage
African Cichlid Recipe
African Cichlids
Cichlids Great and Small
1 - Introdução
Os Ciclídeos Africanos tem a sua origem em várias regiões. Existem ciclídeos na África Ocidental, Oriental, nos rios africanos e nos chamados "Rift Lakes". O termo "Rift Lakes" aplica-se aos três principais lagos do continente africano: Lagos Victoria, Tanganyika e Malawi. Entre estes lagos rochosos, o que abriga o maior número de espécies é o Lago Malawi (mais de seiscentas espécies catalogadas - mas mais da metade já extintas). A maioria das espécies que habitam estes lagos são endêmicas, isto é, apenas são encontradas no respectivo lago.
1.1 - Características Gerais
Ciclídeos do Lago Malawi pertencem a dois grupos distintos: Mbuna (peixes que habitam a parte rochosa do lago) e Non-Mbuna (todos os outros) - outros nomes associados a este último grupo são: Utakas e Haplochromis (Haps).
Mbunas são menores, mais activos e agressivos que os non-mbunas, são usualmente herbívoros, alimentando-se basicamente de algas rochosas e pequenos crustáceos. Os principais géneros são: Pseudotropheus, Melanochromis, Labidochomis, Labeotropheus, Cynotilapia, Gephyrochomis, entre outros.
Non-mbunas são menos agressivos (para os padrões dos ciclídeos africanos!) principalmente porque os seus territórios não são tão pertos entre si e são menos definidos (por habitarem a parte mais aberta do lago); são maiores que os mbunas e são na sua maioria omnívoros (alimentando-se de alevins, pequenos invertebrados, plancton, etc). Os principais géneros são: Aulonocara ("Peacocks"), Haplochromis ("Haps").
Tipicamente os ciclídeos do Lago Tanganyika desovam no substrato, e alimentam-se de plancton, microcrustáceos e alevins (micro-predadores e omnívoros). Os principais géneros são: Tropheus, Lamprologus, Neolamprologus, Julidochromis.
No entanto, estas características são apenas generalizações, e certamente existem muitas excepções. Por exemplo, a Cyphotilapia do Lago Tanganyika atinge até 35 cm, e alguns shell-dwellers podem apresentar um comportamento agressivo comparável aos mbunas. E, do mesmo modo que os ciclídeos do Malawi, existem Tanganyikas predominantemente herbívoros, omnívoros e predominantemente carnívoros.
Mbunas são menores, mais activos e agressivos que os non-mbunas, são usualmente herbívoros, alimentando-se basicamente de algas rochosas e pequenos crustáceos. Os principais géneros são: Pseudotropheus, Melanochromis, Labidochomis, Labeotropheus, Cynotilapia, Gephyrochomis, entre outros.
Non-mbunas são menos agressivos (para os padrões dos ciclídeos africanos!) principalmente porque os seus territórios não são tão pertos entre si e são menos definidos (por habitarem a parte mais aberta do lago); são maiores que os mbunas e são na sua maioria omnívoros (alimentando-se de alevins, pequenos invertebrados, plancton, etc). Os principais géneros são: Aulonocara ("Peacocks"), Haplochromis ("Haps").
Tipicamente os ciclídeos do Lago Tanganyika desovam no substrato, e alimentam-se de plancton, microcrustáceos e alevins (micro-predadores e omnívoros). Os principais géneros são: Tropheus, Lamprologus, Neolamprologus, Julidochromis.
No entanto, estas características são apenas generalizações, e certamente existem muitas excepções. Por exemplo, a Cyphotilapia do Lago Tanganyika atinge até 35 cm, e alguns shell-dwellers podem apresentar um comportamento agressivo comparável aos mbunas. E, do mesmo modo que os ciclídeos do Malawi, existem Tanganyikas predominantemente herbívoros, omnívoros e predominantemente carnívoros.
1.2 - Dimorfismo/Dicromatismo
Em várias espécies, normalmente o macho é maior e possui coloração mais vistosa que a fêmea. Entretanto, enquanto alevins, todos possuem a coloração da fêmea, não sendo possível distinguir o sexo pela cor. Somente quando juvenis, ou mesmo adultos em algumas espécies, é que a cor definitiva aparecerá. Em algumas situações, entretanto, um macho adulto poderá tomar a cor da fêmea. Por exemplo, quando um macho não dominante é seguidamente atacado pelo dominante (não necessariamente da mesma espécie), o primeiro pode adquirir a coloração da fêmea da espécie, camuflando-se como proteção. O modo correcto de distinguir o sexo é verificando os canais genitais, que nas fêmeas são maiores e mais arredondadas (para facilitar a desova). Alguns criadores distinguem os machos pelas barbatanas mais pontiagudas. Este método, porém, além de subjectivo, não é visível em alevins e juvenis.
2 - Tamanho do Aquário
Considerando (a) o tamanho médio dos ciclídeos africanos (Tangs: 6-10 cm; Mbunas: 12-15 cm; non-Mbuna: 20-30 cm); (b) que quase todas as espécies são territorialistas/agressivas; (c) que estes procriam com frequência (quando bem adaptados ao ambiente) e (d) que a decoração do aquário ocupa muito espaço, o volume mínimo adequado para a criação significativa de ciclídeos africanos seria de aproximadamente 200 litros (100x50x40 cm). Entretanto, para observar o comportamento singular e a procriação destes peixes de maneira adequada e satisfatória, o aquário ideal deveria ter mais de 350 litros (150x50x50 cm). Em tanques menores poderiam co-habitar espécies menores ("mbunas dwarf rock-dwellers", Tangs "shell-dwellers" e Victorian Haps), mas mesmo assim em número reduzido. Em todos os casos a proporção ideal é de cerca de 15-20 litros/peixe. Deve-se dar preferência a aquários mais largos do que altos, em função da decoração: 10 cm a mais num aquário rochoso fazem uma diferença significativa. Ex.: um aqua de 200 L com medidas 100x50x40 (CxLxA) será mais bem melhor aproveitado do que um de 100x40x50.
3 - Parametros Da Água:
3.1 - Temperatura
Temperatura entre 24-27°C. O ideal seria mantermos a temperatura entre 24-26°C pois: (a) temperaturas mais altas aceleram o metabolismo e consequentemente o apetite, aumentando a agressividade; (b) quanto mais alta a temperatura menor a taxa de oxigénio dissolvido na água. Em duas situações seria interessante aumentar a temperatura até o ponto (29-30°C): (a) para promover a desova/procriação e (b) aumentar o apetite e consequentemente o crescimento dos peixes (principalmente dos alevins).
3.2 - Amónia/Nitratos/Nitritos
Todos os peixes em geral são sensíveis à amónia, mas esta é potencialmente mais tóxica para os ciclídeos. A amónia num pH alcalino é muito mais tóxica do que num pH neutro (vide aquas marinhos). Daí a importância: (a) da ciclagem; (b) de uma boa filtragem biológica/mecânica/química; (c) das trocas parciais de água mais frequentes e (d) do controle populacional.
3.3 - O2 x CO2
Os ciclídeos africanos necessitam da água com alto grau de oxigénio dissolvido e baixo grau de CO2. A ausência de plantas dificulta a manutenção deste parâmetro. Se criarmos uma forte movimentação na superfície da água, aumentaremos as trocas gasosas (dissolução de O2 e evaporação de CO2), então, teremos uma concentração maior de O2 e menor de CO2 (vide aquas marinhos). Quanto maior a movimentação/corrente da superfície menor a quantidade de CO2 e consequentemente maior o pH (basta verificar isto em uma tabela conjugada pHxKHxCO2).
3.4 - pH
Os ciclídeos africanos, ao contrário dos americanos, necessitam de água extremamente alcalina. As faixas típicas para os três lagos são:
Victoria: 7.2-8.6 Malawi: 7.4-8.6 Tanganyika: 7.8-9.0
Estes são valores aproximados, e claro, vão variar naturalmente em diferentes épocas do ano nestes lagos (em função da salinidade, da temperatura etc). É recomendado manter o aquário com pH estável entre 8.2-8.4, que seria uma faixa média, apropriada para os peixes dos três lagos. Como vimos no ítem anterior, a forte movimentação da água ajuda a aumentar o pH, porém outros fatores conjugados também interferem directamente no pH. É o que veremos nos próximos dois itens.
Victoria: 7.2-8.6 Malawi: 7.4-8.6 Tanganyika: 7.8-9.0
Estes são valores aproximados, e claro, vão variar naturalmente em diferentes épocas do ano nestes lagos (em função da salinidade, da temperatura etc). É recomendado manter o aquário com pH estável entre 8.2-8.4, que seria uma faixa média, apropriada para os peixes dos três lagos. Como vimos no ítem anterior, a forte movimentação da água ajuda a aumentar o pH, porém outros fatores conjugados também interferem directamente no pH. É o que veremos nos próximos dois itens.
3.5 - KH / NaHCO3
A dureza dos carbonatos (KH) refere-se ao grau de dissolução de carbonatos e bicarbonatos na água. Quanto maior o grau, mais dura é a água. O KH é o responsável pelo tamponamento, que é a capacidade de manter o pH estável. A água dos Rift Lakes contém muito carbonato dissolvido, deixando o KH entre 8-10 (moderadamente dura). Adicionando (nas trocas parciais) Bicarbonato de Sódio (NaHCO3) na proporção aproximada de uma colher-medida cheia para 150 litros de água nova, tamponaremos o pH em aproximadamente 8.1-8.5, dependendo do pH inicial e do movimento de superfície da água.
3.6 - GH / CaCO3
A dureza geral (GH) refere-se à concentração geral/total, principalmente de magnésio e cálcio dissolvidos na água. A relação entre GH e pH é muito pequena, mas é importante para algumas espécies de plantas e peixes. Nos Rift Lakes, a água contém alta concentração de magnésio, deixando o GH entre 10 e 12. Para elevar o GH (e consequentemente o KH), adicione carbonato de cálcio (CaCO3). Sulfato de magnésio pode ser usado para endurecer a água no lugar do cálcio, entretanto, utilizando substratos calcários (halimeda, aragonite, dolomita) o GH/KH ficará estável, sem a necessidade de adicionar estes produtos.
3.7 - Salinidade
A água dos Rift Lakes possui alto grau de sais dissolvidos, mas não do sal comum NaCl, portanto é um erro comum achar que a água dos ciclídeos africanos é salobra. Para suprir a água do tanque de potássio e elementos traços, utilize 1 colher de sal próprio para ciclídeos africanos (não iodado). Não é recomendável a adição de NaCl, salvo sob condições particulares (controle de bactérias, etc.)
4 - Filtragem
Os ciclídeos africanos comem muito, produzindo muitos dejectos que se acumulam rapidamente no aquário. Como não há plantas no tanque, toda a sujidade deve ser removida pela filtragem. Então, quanto mais forte for esta, melhor. Sugere-se um filtro externo com circulação de pelo menos 6 vezes por hora o volume do aquário, acrescido de bombas submersas acopladas a esponjas que (a) aumentam a filtragem biológica e (b) aumentam a corrente interna, mantendo os dejectos mais tempo em suspensão, sendo recolhidos pelo filtro externo. Quando houver "superpopulação" (descrito adiante), devemos ter também uma "superfiltragem" de pelo menos 8x volume/hora.
4.1 - Trocas Parcias
Devido (a) ao facto da amónia/nitratos serem muito mais tóxicos em água alcalina; (b) à ausência de plantas e (c) à superpopulação, a qualidade da água em tanques de ciclídeos africanos deteriora rapidamente. Trocas frequentes tornam-se imprescindíveis, fazendo com que os peixes permaneçam saudáveis e tenham as cores realçadas. Pelo menos 20-30% semanais atendem a esta necessidade. A água de torneira, normalmente utilizada nas trocas, contém cloro/cloraminas. É necessário adicionar um condicionador (tipo "AquaSafe") para eliminá-los junto com os demais metais pesados.
5 - Decoração:
5.1 - Iluminação
Por não haver plantas, a iluminação não necessita ser forte. 0,5 W/L de iluminação fluorescente normal é o suficiente (incluindo, neste valor, uma lâmpada azul actínica, para realçar a coloração dos peixes).
5.2 - Substrato
O cascalho correcto num aquário de ciclídeos africanos é de vital importância para um bom desenvolvimento do aquário. É ele que tampona o pH num "reef doce". Logo abaixo são citados alguns tipos de cascalho indicado para ciclídeos africanos:
African cichlid mix - cascalho importado dos EUA, de excelente qualidade, promove um aumento de biologia pela estrutura porosa, e mantém um pH alto recomendado. Na cor cinza/branco/grafite, é altamente recomendado.
Halimeda - cascalho normalmente usado em aquário de corais, possui todos os elementos bioquímicos recomendados para este aquário. Possui a vantagem de ser nacional e ter um custo mais reduzido. Consegue manter uma dureza alta e um pH excelente.
Caribean Sea Aragonite - cascalho importado dos EUA, normalmente usado nos grandes aquários de ciclídeos africanos, pela sua excelência bioquímica e pela sua bela cor branca que realça as cores dos peixes. É pesado com granulagem média-fina, mantém o pH alto e dureza correcta.
Dolimita - cascalho mais comum, possui características alcalinizantes e preço baixo, mas não é recomendável. Desvantagem: perde com o tempo a sua força alcalinizante e altera pouco a dureza da água por não ser de material exclusivamente calcário.
Cascalho de conchas - muito comum no passado para aquários marinhos, é recomendável para ciclídeos mas não se dissolve bem com o tempo, perdendo o poder de tamponamento que os três primeiros possuem.
African cichlid mix - cascalho importado dos EUA, de excelente qualidade, promove um aumento de biologia pela estrutura porosa, e mantém um pH alto recomendado. Na cor cinza/branco/grafite, é altamente recomendado.
Halimeda - cascalho normalmente usado em aquário de corais, possui todos os elementos bioquímicos recomendados para este aquário. Possui a vantagem de ser nacional e ter um custo mais reduzido. Consegue manter uma dureza alta e um pH excelente.
Caribean Sea Aragonite - cascalho importado dos EUA, normalmente usado nos grandes aquários de ciclídeos africanos, pela sua excelência bioquímica e pela sua bela cor branca que realça as cores dos peixes. É pesado com granulagem média-fina, mantém o pH alto e dureza correcta.
Dolimita - cascalho mais comum, possui características alcalinizantes e preço baixo, mas não é recomendável. Desvantagem: perde com o tempo a sua força alcalinizante e altera pouco a dureza da água por não ser de material exclusivamente calcário.
Cascalho de conchas - muito comum no passado para aquários marinhos, é recomendável para ciclídeos mas não se dissolve bem com o tempo, perdendo o poder de tamponamento que os três primeiros possuem.
5.3 - Pedras
O aquário de ciclídeos africanos deve ser decorado com areia e rochas, em quantidade apropriada para simular o ambiente natural dos Rift Lakes habitado pela maioria das espécies escolhidas para o aquário. As tocas servem de abrigo e como "ninho" para reprodução. As tocas serão ocupadas e se tornarão territórios defendidos agressivamente (principalmente durante a desova). As rochas, cobertas de algas, servem de fonte de alimento para os herbívoros. A movimentação forte da água evita que depósitos de sujeira acumulem-se entre as rochas. A agressividade está ligada à quantidade de tocas, uma vez que quanto menos tocas, mais disputa por elas.
5.4 - Plantas
Normalmente não são usadas em aquários de ciclídeos africanos. A maioria deles são parcialmente ou totalmente herbívoros, tendendo a comer quase todas as espécies de plantas. Além disso, o pH muito alto, com baixa quantidade de CO2 dissolvido, não favorece o crescimento da maioria das plantas.
6 - Alimentação
Os mbunas são basicamente herbívoros, enquanto os non-mbunas são omnívoros, assim como a maioria dos Victorian Haps e Tangs (uma importante excepção são os Tropheus e Góbios que são herbívoros quase que exclusivamente, qualquer dose maior de proteína animal é suficiente para adoecê-los). Entretanto, todos os ciclídeos africanos tenderão a comer qualquer alimento oferecido. O problema é que uma dieta errada poderá causar uma doença fatal nos ciclídeos africanos chamada "Malawi Bloat" (mais a seguir). O ideal é alimentá-los 2-3 vezes/dia, o suficiente para o consumo em até 2 minutos, deixando-os em jejum 1 dia na semana. Uma alimentação 90% herbívora e 10% animal (artémias) é a combinação ideal. A alimentação está ligada à agressividade, como veremos a seguir.
7 - Agressividade
Quase todas as espécies são territoriais e intolerantes com (pelo menos) sua própria espécie. Em algumas espécies mesmo as fêmeas mostram comportamento territorial (M. chipokee e M. auratus, Ps. lombardoi...). Às vezes a agressão do macho é directamente contra algum peixe de coloração semelhante (especialmente entre Aulonocaras). Alguns Neolamprologus do complexo brichardi são mais tolerantes entre si e podem inclusive formar colônias hierárquicas baseadas no corporativismo, se o aquário tiver espaço suficiente para comportá-los.
7.1 - Hierarquia Social
Os ciclídeos africanos, mesmo fora dos limites de um tanque, formam uma hierarquia social, que funciona tanto inter quanto intra espécies. Assim, um macho é o peixe hiperdominante do tanque, tendo o comportamento mais agressivo, perseguindo todos (principalmente os machos) que se aproximarem, não somente no período da desova. Entre as espécies haverá um macho dominante, que não tolerará nenhum outro macho de sua espécie no tanque. O dominante acabará matando o(s) outro(s). Mesmo em aquário maiores (400-500 L) algumas espécies mais agressivas (M. chipokee e M. auratus) não aceitarão a presença de outro macho da sua espécie no tanque. O ideal é mantermos um "harem" de 2-3 fêmeas para cada macho. A hierarquia é melhor observada quando não há actividade de desova no tanque. Quando está desovando, tanto o macho quanto a fêmea tornam-se mais agressivos, podendo "quebrar" a hierarquia.
7.2 - Controle
A agressividade dos ciclídeos está ligada basicamente a dois factores: sexo e comida. Para tentar controlar a agressividade, devemos (a) manter o número de machos bem menor que o de fêmeas, criando "haréns"; (b) montar as rochas formando muitas tocas (2-3/macho), para diminuir a disputa; (c) baixar a temperatura (25-26°C), para não aumentar o metabolismo; (d) alimentação 2-3 vezes ao dia (consumo até 2 minutos). Além dessas medidas, há uma teoria de "superpopulação" do tanque, que dispersaria a atenção dos machos dominantes, não fixando em uma só vítima. Caso o aquarista opte por superpopular o aquário, deve, então superfiltrar a água. A adição de alguns peixes rápidos de superfície (dânios, paulistinhas) também ajuda a dispersar a agressividade.
8 - (Re)Introdução de (Novos) Peixes
Ao introduzirmos os peixes no aquário recém montado, devemos evitar colocar os mais agressivos primeiro. O "ranking" de agressividade entre os Mbunas tem no "pódium" M. auratus, M.chipokee, Ps. lombardoi "Kennyi", seguidos pelos outros Pseudo- e Labidotropheus. Os Labidochromis e Aulonocaras são espécies menos agressivas (para os padrões dos ciclídeos africanos!). Ao reintroduzirmos um peixe no aquário, devemos ter em atenção o facto de que este voltará à base da "pirâmide social". Para evitarmos algum incidente, devemos reintroduzí-los durante a alimentação, podendo apagar as luzes, para que o novo habitante possa encontrar algum abrigo. Um novo habitante será perseguido/caçado durante as primeiras semanas e não revidará, averiguando a hierarquia social do grupo. Quando estiver adaptado, começará a desafiar os que se encontram na base da pirâmide.
8 - Reprodução
Sendo todos ovíparos, as fêmeas dos ciclídeos africanos desovam na água, sendo em seguida fecundados pelo macho no próprio substrato.
8.1 - Desova
Se a água, a comida e a filtragem estiverem dentros dos parâmetros ideais, os ciclídeos africanos desovarão com frequência. Os Mbunas começam a desovar a partir dos 7 meses de vida. Algumas espécies chegam a desovar mensalmente. O macho prepara a toca e corteja a fêmea. Neste período tendem a ficar mais agressivos.
8.2 - Incubação Bocal
Em algumas espécies (Mbunas, por exemplo), as fêmeas carregarão os ovos fertilizados em sua boca e os incubarão. As larvas chocarão após 14-21 dias. Quando estes chocarem (10-30 larvas), ainda permanecerão durante 18-25 dias (dependendo da espécie e da temperatura). Quando os alevins alcançarem cerca de 1 cm, estarão aptos a alimentar-se e a nadar livremente. Quando as fêmeas carregam ovos, recusam-se a comer (característica que pode ser confundida com a doença hidropsia); a sua boca parece cheia, fazendo movimentos de mastigação frequentemente.
8.3 - Stripping Fry
É a técnica de retirar manualmente os alevins da boca da mãe.
8.4 - Crescimento dos alevins
Para um crescimento saudável e eficaz, as trocas parciais deverão ser mais frequentes e a quantidade de proteína animal (artémias) deve ser maior (70% vegetal, 30% artêmias). A temperatura deve ficar entre 28-29°C para aumentar o metabolismo e o apetite.
8.5 - Hibridismo
Espécies diferentes de um mesmo género (especialmente entre Aulonocaras e Pseudotropheus), poderão procriar (principalmente, quando não houver um número satisfatório de fêmeas de sua espécie disponíveis), produzindo crias híbridas que costumam ser estéreis, fracas, sem coloração intensa, e muitas vezes com deformações. O macho hiperdominante, principalmente, também tentará procriar com fêmeas de outras espécies no mesmo género.
9 - Doenças
Além das doenças "convencionais", a que todos os peixes estão sujeitos, os ciclídeos estão sujeitos a uma fatal, chamada "Malawi Bloat" (semelhante à hidropsia). Apesar do nome, ela pode atacar os peixes dos três lagos.
9.1 - Sintomas
O primeiro sintoma é a perda do apetite. Os ciclídeos africanos são sempre vorazes ao se alimentarem. Somente a fêmea, quando está carregando ovos, é que perde o apetite. Os sintomas secundários incluem inchaço anormal do abdomen, respiração ofegante, fezes brancas, ficar parado no fundo do tanque ou ofegando na superfície. Marcas vermelhas em volta do ânus ou ulcerações na pele podem aparecer. Neste ponto já é tarde para recuperar o peixe, pois a extensão dos danos já atingiu o fígado, os rins e/ou a bexiga natatória. A morte normalmente acontece em 24-72 horas (em alguns casos em até 1 semana).
9.2 - Causas
As principais causas do Malawi Bloat são: (a) dieta errada, que irá irritar o sistema digestivo/excretor dos peixes (evitar tubifex, blood worms, larvas e artêmias em excesso, e mesmo flocos e pellets contendo este. Os Mbunas são basicamente herbívoros. Mesmo os non-Mbunas devem ter a alimentação animal restrita. (b) longa exposição à água de baixa qualidade: parâmetros incorretos, falta de trocas de água e superalimentação. (c) Excesso de sal (NaCl): na tentativa de simularmos o ambiente ideal, frequentemente, exageramos na quantidade de sal, sobrecarregando os orgãos internos dos animais.
9.3 - Tratamento
Só há tratamento no estágio inicial da doença. Quando percebermos que o peixe perdeu o apetite, devemos removê-lo e iniciar o tratamento imediatamente. Uma solução de Metronidazole (Emtryl), ou um Bactericida para aquários, em conjunto com uma oxigenação forte, temperatura entre 29-30°C, e trocas diárias de 30%, poderão salvar o peixe. O tratamento deve seguir até o peixe voltar a ter o seu apetite normal.
10 - Referências
C.M.C.AMalawi Cichlid Homepage
African Cichlid Recipe
African Cichlids
Cichlids Great and Small
Nota Final
Este "Manual" é apenas um resumo de uma série de artigos que eu consegui na net em diversos sites especializados em Ciclídeos Africanos. Os sites brasileiros, em sua maioria (sem, é claro, querer desmerecê-los), abrangem basicamente aquários comunitários típicos e aquários plantados (tipo holandês); informações específicas sobre aquários de ciclídeos africanos quase não há nos sites que eu procurei. Como consegui muita informações em sites estrangeiros, resolvi compilar estas informações e resumi-las num único texto. Ao compartilha-lhas quero deixar claro que se trata meramente de uma contribuição para os interessados em aquariofilia.
O VIDEO AGORA.
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